Excerto de um comparativo da revista bike magazine
Specialized Rockhopper SL 26 vs 29 - A minha roda é maior que a tua!
Aspectos dinâmicos
1. Agilidade/estabilidade: este é o maior argumento da roda 26 – a maior agilidade devido à menor altura (centro de gravidade baixo) e menor efeito giroscópico da roda, o que facilita as mudanças de direcção. Mas na prática são poucas as situações onde necessitamos de uma agilidade relâmpago. E nos diversos trilhos onde andámos, incluindo singletracks sinuosos e apertados, a roda 29 não chegou a atrapalhar. No campo da estabilidade, a vitória vai para a roda 29, pois o tal efeito giroscópico cria estabilidade e a roda maior não é tão influenciada pelas irregularidades do terreno a velocidades mais elevadas. A desvantagem do maior efeito giroscópico é que te obriga a fazer mais força com o corpo e com os braços para conseguires inclinar a bike para as curvas. E quanto maior a velocidade, pior. Mas com “tomates” e habituação, vais acabar por lá chegar!
2. Leitura do terreno: é aqui que a 29 esmaga a 26! Imagina subires um passeio a 30 km/h com um carro de jante 16 e a seguir fazeres o mesmo com um jipe de jante 19! Quanto maior for a roda menor é o obstáculo (comparativamente). Por isso, num mesmo trilho, a bike de roda 29 passa por cima das mesmas raízes e pedras como se nada fosse. Na verdade, nem sentes falta da suspensão porque passas tão ao de leve pelas irregularidades que quase nem as sentes. Na tracção também tens alguma vantagem, pois a área de pneu em contacto com o chão é maior. O mesmo se aplica à travagem e às curvas.
3. Subir: se por um lado tens mais tracção e negoceias melhor as irregularidades com uma roda 29, a verdade é que a altura desta levanta-te muito a frente, fazendo com que seja necessário inclinares-te bastante sobre o guiador (e fazer força com os braços) para manter a dianteira no solo. Além disso, o ângulo de selim 29 é mais “descaído” que o da 26 (72º vs 73º, respectivamente), o que faz com que não estejas tão em cima dos pedais para aplicar melhor a força (principalmente a subir). E a relação de transmissão é mais pesada (ver caixa Componentes e geometria).
Conclusão
Apesar de partilharem o mesmo nome e quase toda a lista de componentes, as diferenças entre estas Rockhopper são bastantes. No campo estético a SL 26 é uma BTT. Ponto final. Não foge muito ao standard e tem uma decoração bonita e simples. Já a SL 29 não será do agrado de todos. As rodas são grandes em relação a quadro e a própria decoração torna-a um pouco distinta.
No campo dos componentes, as diferenças são mínimas mas tudo o que está relacionado com as rodas impõe limitações. O mercado ainda é fraco em termos de opções, quer seja de aros, rodas completas, raios, pneus, suspensões e até as câmaras-de-ar são difíceis de encontrar. Mas com o tempo a oferta tende a alargar. No entanto, o primeiro passo tem de ser dado pelo comprador, que irá meter este segmento em andamento e criar procura.
Passando estes dois aspectos importantes (estética e produto), tudo o resto parece sorrir à SL29. Como já pudeste ver, no aspecto da condução (principalmente no conforto e controlo da bike em terrenos irregulares) a SL 29 é superior à 26. Só peca pela frente alta e menor capacidade trepadora. De resto é a rainha do trilho e nem mesmo as 400g extra de peso podem ser consideradas um handicap em relação à sua “irmã”. Contas feitas, a roda 29, em geral (e neste frente a frente em específico), tem tudo para vingar, desde que privilegies a condução e ultrapasses a questão da oferta de componentes (que não é assim tão pequena, apenas menor). Neste caso, em que falamos de rígidas de preço acessível, é caso para dizer “maior é… mais divertido”!
Specialized Rockhopper SL 26 vs 29 - A minha roda é maior que a tua!
Aspectos dinâmicos
1. Agilidade/estabilidade: este é o maior argumento da roda 26 – a maior agilidade devido à menor altura (centro de gravidade baixo) e menor efeito giroscópico da roda, o que facilita as mudanças de direcção. Mas na prática são poucas as situações onde necessitamos de uma agilidade relâmpago. E nos diversos trilhos onde andámos, incluindo singletracks sinuosos e apertados, a roda 29 não chegou a atrapalhar. No campo da estabilidade, a vitória vai para a roda 29, pois o tal efeito giroscópico cria estabilidade e a roda maior não é tão influenciada pelas irregularidades do terreno a velocidades mais elevadas. A desvantagem do maior efeito giroscópico é que te obriga a fazer mais força com o corpo e com os braços para conseguires inclinar a bike para as curvas. E quanto maior a velocidade, pior. Mas com “tomates” e habituação, vais acabar por lá chegar!
2. Leitura do terreno: é aqui que a 29 esmaga a 26! Imagina subires um passeio a 30 km/h com um carro de jante 16 e a seguir fazeres o mesmo com um jipe de jante 19! Quanto maior for a roda menor é o obstáculo (comparativamente). Por isso, num mesmo trilho, a bike de roda 29 passa por cima das mesmas raízes e pedras como se nada fosse. Na verdade, nem sentes falta da suspensão porque passas tão ao de leve pelas irregularidades que quase nem as sentes. Na tracção também tens alguma vantagem, pois a área de pneu em contacto com o chão é maior. O mesmo se aplica à travagem e às curvas.
3. Subir: se por um lado tens mais tracção e negoceias melhor as irregularidades com uma roda 29, a verdade é que a altura desta levanta-te muito a frente, fazendo com que seja necessário inclinares-te bastante sobre o guiador (e fazer força com os braços) para manter a dianteira no solo. Além disso, o ângulo de selim 29 é mais “descaído” que o da 26 (72º vs 73º, respectivamente), o que faz com que não estejas tão em cima dos pedais para aplicar melhor a força (principalmente a subir). E a relação de transmissão é mais pesada (ver caixa Componentes e geometria).
Conclusão
Apesar de partilharem o mesmo nome e quase toda a lista de componentes, as diferenças entre estas Rockhopper são bastantes. No campo estético a SL 26 é uma BTT. Ponto final. Não foge muito ao standard e tem uma decoração bonita e simples. Já a SL 29 não será do agrado de todos. As rodas são grandes em relação a quadro e a própria decoração torna-a um pouco distinta.
No campo dos componentes, as diferenças são mínimas mas tudo o que está relacionado com as rodas impõe limitações. O mercado ainda é fraco em termos de opções, quer seja de aros, rodas completas, raios, pneus, suspensões e até as câmaras-de-ar são difíceis de encontrar. Mas com o tempo a oferta tende a alargar. No entanto, o primeiro passo tem de ser dado pelo comprador, que irá meter este segmento em andamento e criar procura.
Passando estes dois aspectos importantes (estética e produto), tudo o resto parece sorrir à SL29. Como já pudeste ver, no aspecto da condução (principalmente no conforto e controlo da bike em terrenos irregulares) a SL 29 é superior à 26. Só peca pela frente alta e menor capacidade trepadora. De resto é a rainha do trilho e nem mesmo as 400g extra de peso podem ser consideradas um handicap em relação à sua “irmã”. Contas feitas, a roda 29, em geral (e neste frente a frente em específico), tem tudo para vingar, desde que privilegies a condução e ultrapasses a questão da oferta de componentes (que não é assim tão pequena, apenas menor). Neste caso, em que falamos de rígidas de preço acessível, é caso para dizer “maior é… mais divertido”!
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